Duas campanhas on-line promovem a construção de uma escola e a manutenção de outras abertas para que as crianças refugiadas tenham acesso a educação
Duas campanhas on-line promovem a construção de uma escola e a manutenção de outras abertas para que as crianças refugiadas tenham acesso a educaçãoUma morte a cada segundo. Pode parecer um exagero, mas o ritmo do relógio quer traduzir o mais aproximadamente possível a realidade de uma região onde a fome, a doença e a violência se cruzam com a morte – a cada segundo que passa. No site Por Darfur, que congrega acções de solidariedade e campanhas a favor das vítimas do conflito que alastra nesta região sudanesa.
À hora que escrevemos, o número de mortes caminha a passos largos para as 216 mil vítimas. Se o leitor porventura visitar o site muito tempo depois da edição deste texto, o número será mais elevado. É uma contabilidade macabra, mas que não nos pode deixar indiferentes. Em Por Darfur, é possível saber o que poder fazer para agir agora, para tentar que o relógio se atrase, de uma vez por todas.
Neste momento há duas campanhas activas: Uma escola para Nyala e Manter as escolas abertas. No caso da primeira, o objectivo é ajudar os missionários combonianos, que estão no terreno, numa primeira fase a garantirem o reforço alimentar e a frequência de uma escola improvisada a mais de 200 crianças dos campos de refugiados da cidade de Nyala onde se concentram hoje mais de 250 mil pessoas deslocadas.
Já o segundo projecto é desenvolvido pela Fundação aIS (ajuda à Igreja que Sofre) e visa ajudar as crianças do Sudão. Segundo esta organização, a arquidiocese de Cartum tem 18 milhões de habitantes dos quais 900 mil são católicos. Desde 1991 foram reconstruídas mais de 300 escolas na arquidiocese, principalmente nos campos de refugiados, onde se tornaram conhecidas pelo nome Salvem os Oprimidos’. a manutenção destas escolas é difícil de ser suportada pela Igreja, que se pode ver na contingência de as fechar sem ter nenhuma solução para oferecer aos alunos e seus pais.
O site Por Darfur é também um bom ponto de partida para conhecer melhor a realidade da região e estar a par de notícias recentes no território. É ainda possível conhecer a campanha portuguesa dos artistas por Darfur e recolher materiais para educadores.