” a reconciliação deve ser o centro da acção da Igreja e deve partir do coração de cada pessoa”, afirmam os bispos da África Oriental reunidos em assembleia
” a reconciliação deve ser o centro da acção da Igreja e deve partir do coração de cada pessoa”, afirmam os bispos da África Oriental reunidos em assembleiaNo documento de seis páginas, tornado público após a 16a assembleia plenária dos bispos da África Oriental (aMECEa), lê-se que como cristãos somos chamados a anunciar a Boa Nova de Cristo e a denunciar a injustiça onde quer que nos encontremos.
Os bispos dizem-se preocupados com a situação de crise no Darfur e no Sudão. O conflito no norte do Uganda, as recentes tensões entre o Djibouti e a Eritreia, a persistente crise na Somália e a preocupante situação no Zimbabué são outros motivos de preocupação. Os prelados garantem que se sentem próximos das populações locais através da oração.
Embora a Igreja não possua os meios para resolver conflitos e tensões, pretende ser uma voz profética promotora da justiça, perdão e reconciliação. Os bispos recordam que nos seus países o fosso entre ricos e pobres está em crescimento. São diversos os factores que contribuem para o aumento da pobreza: a iníqua distribuição dos recursos, o mau governo, a corrupção, os conflitos e a sida.
Os bispos sublinham a importância da educação das crianças, sobretudo das meninas, e a promoção da mulher. Constituem um grande desafio. além de exigirem uma atenção à degradação do ambiente, os prelados recomendam o diálogo entre religiões, como contributo para a paz e bem-estar dos povos africanos.
a aMECE a é um organismo que reúne os membros das conferências episcopais da Eritreia, Etiópia, Malawi, Quénia, Tanzânia, Sudão, Uganda, Zâmbia, a que se juntam, como filiados, o Djibouti e a Somália. a 16a assembleia plenária decorreu em Lusaka (Zâmbia), de 27 de Junho a 7 de Julho.