D. antónio Ferreira Gomes dirigiu-se ao ditador depois das eleições que o regime usurpou a Humberto Delgado. Valeu-lhe o exílio ” e agora a memória
D. antónio Ferreira Gomes dirigiu-se ao ditador depois das eleições que o regime usurpou a Humberto Delgado. Valeu-lhe o exílio ” e agora a memóriaNos 50 anos da carta do bispo do Porto a Salazar, Coimbra homenageia o prelado que, a 13 de Julho de 1958, ousou desafiar o ditador do Estado Novo com linhas de provocação e inquietação.
Domingo, para assinalar a data, cidadãos de Coimbra, conscientes da importância política que teve na luta pela democracia essa carta, assinada um mês e cinco dias após as eleições presidenciais ganhas pelo general Humberto Delgado, surgida do interior de um dos pilares do Estado Novo, a Igreja Católica, a qual levou ao amílcar do País o seu autor, entendem prestar homenagem a quem teve tão profundo acto de coragem, que o estado democrático reconheceu ao atribuir-lhe a Grã Cruz da Ordem da Liberdade.
a lembrança deste acto de D. antónio Ferreira Gomes será feita junto ao monumento ao 25 de abril da cidade, na Rua antero de Quental, junto ao edifício da antiga PIDE/DGS, pelas 11h00. José Dias, do movimento Não apaguem a Memória, amadeu Carvalho Homem, professor da Universidade de Coimbra, e José Manuel Pureza, também professor da Universidade de Coimbra e membro da Comunidade de acolhimento João XXIII, farão breves intervenções.
O texto na íntegra da carta a Salazar e uma biografia do antigo bispo do Porto estão disponíveis no site da Fundação Spes, criada por D. antónio Ferreira Gomes.