Foi um autêntico banho de multidão. O apelo dos líderes de Roraima foi bem recebido. “Que a anulação da homologação nunca aconteça” augurou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa
Foi um autêntico banho de multidão. O apelo dos líderes de Roraima foi bem recebido. “Que a anulação da homologação nunca aconteça” augurou o presidente da Conferência Episcopal PortuguesaCerca de nove mil peregrinos reuniram-se na nova igreja da Santíssima Trindade, na abertura da segunda peregrinação Nacional a Fátima. O bispo auxiliar de Braga, antónio Couto, presidiu à celebração, tendo exaltado a figura de Maria como a senhora do caminho e que indica o caminho.
O prelado enalteceu esta peregrinação que junta as congregações missionárias. Hoje não há compartimentos. Somos todos uma família. É importante saber ler este sinal: estamos todos a apontar para Deus e a chamar-lhe Pai. antónio Couto acrescentou: É um sinal do que pode e deve ser a Igreja. O bispo auxiliar de Braga afirmou que não podemos ficar fechados dentro das igrejas. É preciso saber ir para fora ao encontro dos nosso irmãos.
No final da celebração os dois líderes da Raposa Serra do Sol deram conta do sofrimento dos seus povos, agravado pela incerteza que paira sobre o seu futuro. Poderosos proprietários brancos, que ocuparam as suas terras, recusam-se a sair como determina o decreto de homologação assinado por Lula da Silva, em 2005.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o arcebispo de Braga Jorge Ortiga, deu o seu apoio à causa do Povo Indígena da Raposa Serra do Sol, na mensagem que endereçou aos líderes indígenas presentes. Lembrou que [o direito à terra] já teve um decreto de homologação da parte do governo e a que a Constituição Brasileira reconhece como direito. Terminou com um voto: Que a anulação da homologação nunca aconteça.