O acervo de bibliotecas de prisões encontra-se empobrecido, pouco actual, não respondendo às necessidades de leitura. Um apelo pede uma doação de livros
O acervo de bibliotecas de prisões encontra-se empobrecido, pouco actual, não respondendo às necessidades de leitura. Um apelo pede uma doação de livrosLer e dar a conhecer livros em prisões. É este o projecto de mediação que Miguel Horta tem desenvolvido, com o apoio de outras pessoas, em estabelecimentos prisionais de todo o país, a que deu o nome de a Cor das Histórias, espaço que o próprio define de comunicação e desenvolvimento da Literacia, competência fundamental para uma Cidadania plena.
Hoje trabalha com reclusos das cadeias do Montijo, Setúbal e Odemira, em pequenas bibliotecas prisionais. É neste ponto que Miguel Horta deu a conhecer o seu projecto, num e-mail que pôs a circular e a que Fátima Missionária teve acesso. Nele se lê que, apesar dos esforços das respectivas tutelas, o acervo destas bibliotecas encontra-se empobrecido, muito pouco actual, não respondendo sempre às necessidades de leitura.
Por isso, Miguel Horta propõe uma doação, que seja de livros de qualidade, respeitando os diferentes níveis de literacia que encontramos no universo prisional. E que tenha também em conta a origem destas nossas gentes que é variada: muitos vêm do Brasil, outros têm origem crioula e alguns estrangeiros (de Leste, américa Latina, França, alemanha e Espanha).
O pedido abarca banda desenhada de qualidade, poesia e prosa actual (sem esquecer autores africanos). No fim, fica um apelo: para que esta mensagem chegue a quem entenda bem a natureza do nosso projecto, uma vez que poucos livros, mas bons, [gerarão] caminhos férteis e propostas de trabalho.
[Para envio de livros: Miguel Horta – a cor das histórias – Rua Graça Pina de Morais – armazém 50 – 2820-497 Charneca da Caparica. Ou directamente para os Estabelecimentos Prisionais do Montijo, Setúbal e Odemira, com a referência do projecto. ]