Pedir esmola para as missões vai ser parte do meu ministério durante os próximos dois meses
Pedir esmola para as missões vai ser parte do meu ministério durante os próximos dois mesesDentro de poucas horas viajo de Nairobi para os Estados Unidos. Durante oito fins-de-semana explicarei, em várias paróquias, a situação em que vivemos nas missões do Quénia, especialmente os problemas relacionados com a formação de futuros missionários. Os Missionários da Consolata têm no Quénia mais de 140 seminaristas em formação. De entre eles, 35 são noviços e 25 já fizeram a profissão religiosa. Os demais são postulantes e estudantes de Filosofia.
Jesus disse-nos para pedirmos a Deus que envie operários para a sua messe. É o que, com a sua ajuda, estamos a fazer. É verdade também que o operário necessita de ser mantido, e é esse o nosso dilema. Não é fácil prover tudo o que é necessário para a formação e estudos dos nossos futuros missionários. Vou deixar a primeira linha da missão e correr em busca de ajudas para evitar que se deva fechar um seminário ou reduzir o número de seminaristas. Na américa existe a tradição dos Mission appeals – peditórios em favor das Missões. Vou tornar-me pedinte.
a situação actual da economia americana não encoraja muito este tipo de peditórios. Mas não vou apenas para receber. Vou também distribuir aquilo que os cristãos, os seminaristas e os missionários do Quénia possuem, ou seja a fé e o entusiasmo de uma Igreja jovem e cheia de esperanças. a dificuldade que sinto em pedir esmola é facilmente ultrapassada, quando penso que ao pedir vou também distribuir.
ao contribuírem para a formação de futuros missionários, os cristãos da américa estão a ser missionários connosco. Recebem os frutos das orações e das boas obras desta Igreja pobre, mas feliz. Se no fim da empreitada tiver garantido poucos bens materiais, não deixarei de dar graças a Deus pela oportunidade de distribuir os bens espirituais.