a ajuda da avaaz.org está de facto a chegar a quem precisa, garante a organização, que montou um esquema de apoio directo às populações afectadas
a ajuda da avaaz.org está de facto a chegar a quem precisa, garante a organização, que montou um esquema de apoio directo às populações afectadasOs membros da organização não-governamental internacional avaaz doaram mais de um milhão de euros para a ajuda humanitária às vítimas do ciclone Nargis na Birmânia. Depois de mais de 100 mil mortos, o regime ditatorial impôs muitos obstáculos à entrada de materiais e equipas de voluntários.
a doação dos membros da avaaz.org conseguiu outro objectivo: garante a organização que o dinheiro não foi barrado nas fronteiras como o de países ocidentais e asiáticos, por enviarem a os fundos directamente para os grupos locais que actuam sem a permissão do Governo da Junta Militar.
Segundo um relatório da ONG, agora tornado público, tem sido um verdadeiro desafio levar a grande quantia arrecadada no nosso site até à Birmânia .como se conta ali, a maioria dos grupos só pode movimentar uma pequena quantia diariamente para não chamar a atenção do Governo . Um milhão de euros já estão nas mãos de grupos birmaneses no país e o restante está a caminho, assegura a avaaz.org. Estamos a trabalhar com a Organização Internacional dos Monges da Birmânia e sete outras organizações no país, incluindo grupos de monges, grupos educacionais e clínicas médicas, que pediram para não serem identificadas por razões de segurança , esclarecem.
O esquema para contornar a vigilância governamental passa pelo envio de dinheiro através de transferências do exterior para contas bancárias na Birmânia, onde os fundos são então direcionados para mosteiros ou grupos humanitários.como muitos comerciantes fazem isso, o Governo militar não tem como distinguir uma transferência comercial de uma transferência humanitária .
a avaaz.org explica, por fim, que o dinheiro enviado está a ser usado para comprar arroz, medicamentos, combustível e outros produtos necessários para resgatar, dar abrigo e alimentar os sobreviventes do ciclone .
ainda esta quinta-feira, no jornal Público , o médico português e responsável da aMI – assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, dizia-se zangado por ver que a ajuda ocidental que segue para a Birmânia é desviada pelos militares, assim que passa a fronteira, com as organizações a sentirem-se impotentes para auxiliar de facto as vítimas.