Sob o olhar dos paroquianos, na Missa de encerramento da Semana Missionária, os párocos da Portela e Guiúa assinam protocolo de geminação. a assembleia confirma, aplaudindo com uma longa salva de palmas
Sob o olhar dos paroquianos, na Missa de encerramento da Semana Missionária, os párocos da Portela e Guiúa assinam protocolo de geminação. a assembleia confirma, aplaudindo com uma longa salva de palmasDiamantino antunes, pároco de Guiúa, da diocese de Inhambane, dirige a palavra aos fiéis da Portela antes de assinar o protocolo entre estas duas Igrejas irmãs. O missionário da Consolata apresenta e oferece à Portela a maior riqueza daquela Igreja moçambicana: o heróico testemunho cristão de 24 catequistas e familiares, que foram assassinados barbaramente no final da guerra civil em Moçambique, a 22 de Março de 1992.
Guiúa é uma Igreja mártir. antes de ler os 24 nomes daqueles que os cristãos já veneram como mártires, Diamantino antunes referiu o testemunho de um deles. a despedir-se dos cristãos da sua aldeia, a catequista Luísa contou um sonho premonitor do que lhe iria suceder poucos dias depois. Convencida de que devia seguir o caminho a que era chamada, não obstante as lágrimas dos cristãos, partiu com a sua família para o Guiúa, onde na noite após a chegada foi martirizada juntamente com os seus familiares e companheiros.
Depois de assinar o protocolo, o pároco da Portela, cónego antónio Janela, entregou ao pároco do Guiúa o cálice e a patena com que celebraram a Missa. São sinais que atestam que somos uma comunidade e revelam a nossa comunhão, que se torna mais visível quando celebramos a Eucaristia, afirmou Diamantino antunes antes de despedir-se e agradecer o acolhimento que recebeu da Portela. Vamos alimentar esta chama com as nossas orações, a nossa generosidade, a nossa fé.