Jovens Sem Fronteiras é o último dos muitos grupos da paróquia de Cristo Rei da Portela a escutar Diamantino antunes, pároco de Guiúa, Moçambique, e director do Centro de Formação de Catequistas
Jovens Sem Fronteiras é o último dos muitos grupos da paróquia de Cristo Rei da Portela a escutar Diamantino antunes, pároco de Guiúa, Moçambique, e director do Centro de Formação de CatequistasHouve momentos trágicos na história do Guiúa, explica o director do Centro. Quando estava para chegar a paz, a 22 de Março de 1992, vinte famílias de catequistas foram para o Guiúa. No dia a seguir à chegada, houve um violento ataque ao centro, todos foram raptados e 23 deles foram mortos. São tidos como mártires, testemunhas da fé. Cerca de centena e meia de famílias foram formadas no centro, desde a sua fundação em 1972, não obstante as longas interrupções devido à guerra civil. a sua influência estende-se não apenas à diocese de Inhambane, mas também a todo o país. É uma obra única em Moçambique.
a conversa com os Jovens Sem Fronteiras orientou-se no sentido do envolvimento do grupo dentro do compromisso da geminação das duas paróquias, da Portela e do Guiúa, cujo protocolo será assinado durante a missa dominical, na Portela. Há muitos modos de concretizar a geminação, explica Diamantino antunes. É uma partilha no plano do inter-conhecimento e da inter-ajuda. É preciso ser consequente, passar ao concreto, senão fica muito no ar. É preciso não deixar que a chama se apague. alimentá-la sempre.
Boa vontade este grupo tem toda. É preciso tentar organizar com todos os outros grupos o que tem que se fazer para que essa chama não se apague, sublinha a jovem Inês Gomes, vice-animadora do grupo. É uma óptima aposta.como grupo missionário temos o dever de apoiar a geminação. Resta saber como, para que as coisas não fiquem só no papel. Diamantino antunes garante que da parte do Guiúa há uma grande abertura das pessoas. Na Portela não poderá ficar entre a este ou àquele grupo. Será preciso criar um grupo de trabalho que represente todos os grupos.
O grupo Jovens Sem Fronteiras, com 14 anos de vida, tem vindo sempre a crescer, conta cerca de 30 membros, explica Inês Gomes. Temos feito várias actividades na paróquia, têm aparecido jovens, gostam de ajudar os outros, estão muito agarrados ao nível da missão. O grupo desenvolve actividades fora da paróquia: Vamos ao Hospital de Santa Maria todos os meses, vamos a um lar de crianças, temos as nossas reuniões de formação.
Sentem o apoio da paróquia: O nosso cónego Janela ajuda-nos bastante nas várias actividades. Numa actividade recente, a comunidade da Portela esteve em peso neste anfiteatro. Cada vez mais tem-se apercebido quem são os Jovens Sem Fronteiras, têm-nos ajudado. Porém, Inês Gomes observa: É uma comunidade que não é fácil de agarrar. as pessoas fecham-se, têm medo do contacto com os jovens. Sentem receio de ir ao nosso encontro, de envolverem-se. Mas confessa: Está a mover-se e a modificar-se.