Missionários apresentam o testemunho de missão em diferentes situações. São formas novas de evangelizar no mundo de hoje, seja através da luta pela justiça ou entre os marginais
Missionários apresentam o testemunho de missão em diferentes situações. São formas novas de evangelizar no mundo de hoje, seja através da luta pela justiça ou entre os marginais a sensibilização missionária na paróquia de Cristo Rei, da Portela, Lisboa, caminha rapidamente para a conclusão. Diversos missionários da Consolata estiveram com os grupos paroquiais, desde os mais idosos aos mais novos da catequese. Haverá agora uma consciência mais clara e mais profunda do dinamismo da vida cristã.
Embora aberta a todos, a sessão de sexta feria à noite, 30 de Maio, teve que enfrentar a forte concorrência os sons do Rock in Rio. O pequeno grupo que se juntou, ouviu narrar pedaços de vida missionária em situações muito distintas.
José Zintu contou a sua experiência, primeiro, no Sul do Brasil, no meio de comunidades cristãs, apoiando a educação. Num segundo momento foi despachado à pressa para o Norte, para trabalhar entre os índios de Roraima. Prendeu a atenção da assembleia ouvir descrever a luta deles, durante mais de 30 anos, para reaver a sua terra livre de intrusos, que ainda hoje recusam ir-se embora.
José Matias, missionário da Consolata no Bairro do Zambujal, às portas de Lisboa, conta como iniciou a sua missão celebrando a primeira missa com apenas sete pessoas. Hoje, ao domingo, os 150 fiéis já mal cabem na capela improvisada do Centro Comunitário no rés-do-chão de um prédio.
Zambujal é um bairro multi-étnico e multi-religioso, cheio de problemas. Dá pena passar à uma da madrugada e ver crianças, adolescentes e jovens na rua, toda a noite, quando os pais dormem em casa. Vê-los em grupinhos, bebendo cerveja, a dar pontapés nas latas, a passar droga. É gente sem trabalho cada vez mais próxima da marginalidade e do crime, que não deixará de criar problemas às autoridades.
Trabalhar neste bairro é, para os missionários, uma grande oportunidade. Cria dinamismo e faz renascer, afirmou José Matias, que está a aprender o crioulo dos cabo-verdianos. aproxima as pessoas, cria relação e leva as pessoas a convidarem o missionário para ir a casa delas.
a sessão continuou com outros testemunhos. João Monteiro, missionário no Brasil, nas favelas de Rio de Janeiro, contou os (maus) encontros com marginais nas suas andanças pelos morros e bairros. Uma acção missionária complicada, mas também desafiante.