Milhões de pessoas acabam por ser atingidas pela violência e guerra. Três países, incluindo Timor-Leste, registaram progressos, com introdução de medidas positivas
Milhões de pessoas acabam por ser atingidas pela violência e guerra. Três países, incluindo Timor-Leste, registaram progressos, com introdução de medidas positivasOs civis são as principais vítimas de conflitos armados – e o seu número atinge milhões de pessoas. a conclusão que pode parecer óbvia é sustentada por um relatório apresentado junto do Conselho de Segurança, pelo subsecretário-geral das Nações Unidas (ONU) para os assuntos Humanitários, John Holmes.
Quénia, Costa do Marfim e Timor-Leste são três dos países que registaram recentes progressos, depois da adopção de medidas positivas, para evitar a guerra, garantir a paz, ou pelo menos proteger os civis. Estas vítimas civis acabam por perder as suas vidas, ou são forçadas a fugir das suas casas ou são abusadas física e sexualmente.
John Holmes referiu ainda a reunião que junta mais de 100 membros da ONU, em Dublin, a negociarem um tratado a proibir as mortíferas bombas de fragmentação. Mesmo que este progresso seja importante, a realidade crua mostra que nos conflitos por todo o mundo há inúmeros civis que continuam a ver as suas esperanças devastadas pela violência e pela deslocação forçada. Vêem as suas vidas serem destruídas por bombistas suicidas ou espezinhadas pela violência física e sexual, a privação e a negligência, afirmou o subsecretário-geral para os assuntos Humanitários.
Na sua intervenção, Holmes chamou ainda a atenção para três questões particularmente graves nos conflitos actuais: a condução das hostilidades, a violência sexual e o acesso humanitário. Estas situações, em que os civis são a maioria das vítimas, acabam por acontecer muitas vezes em clara violação do direito humanitário internacional, rematou o responsável.