Secretário-geral das Nações Unidas anuncia portas abertas para socorrer as vítimas do ciclone Nargis. Depois das promessas, esperam-se agora as primeiras acções concretas
Secretário-geral das Nações Unidas anuncia portas abertas para socorrer as vítimas do ciclone Nargis. Depois das promessas, esperam-se agora as primeiras acções concretas a crise humanitária de Mianmar, antiga Birmânia, pode conhecer uma reviravolta após três semanas da passagem do ciclone Nargis. Continua-se a morrer à fome e de doenças, mesmo nos centros de acolhimento dos sobreviventes. O chefe da junta militar, general Than Shwe, aceitou hoje, 23 de Maio, permitir a entrada de todos os operadores humanitários. até agora as portas estavam encerradas, negando os vistos de entrada.
a notícia foi dada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, depois do seu encontro com as cúpulas do regime em Naypydaw, a nova capital do país. Os analistas ficam à espera para ver como se concretizam as promessas dos generais. até hoje a junta militar que governa o país só permitiu a aterragem de aviões provenientes de todo o mundo, mesmo dos Estados Unidos, mas exigiu distribuir pessoalmente as ajudas.
Não é ainda claro se a concessão dos vistos aos operadores humanitários lhes permitirá deslocarem-se para as zonas sinistradas do delta do Irrawaddy, zona da catástrofe. Recorde-se que, até agora, o acesso estava vedado aos estrangeiros e até aos próprios birmaneses
O ciclone causou 135 mil mortos e dispersos. Sem uma adequada intervenção de socorro em larga escala, o número de vítimas poderá subir muito mais. a missão do Ban Ki-moon teve a finalidade de convencer os generais a abrir as portas aos socorristas. O controlo pela comunidade internacional do destino do material de socorro é um aspecto importante ainda por definir.