Os sistemas complementares económicos são “verdadeiros ‘laboratórios’ de inovação económica e social”. Serão apresentados em Lisboa na segunda-feira
Os sistemas complementares económicos são “verdadeiros ‘laboratórios’ de inovação económica e social”. Serão apresentados em Lisboa na segunda-feira a promoção do desenvolvimento sustentável por sistemas complementares de troca estará em debate numa palestra que tem lugar esta segunda-feira, 12 de Maio, em Lisboa, numa organização do Graal e da Fundação STRO, da Holanda.
Mas afinal o que são estes sistemas? Torna-se necessário contextualizar as questões do desenvolvimento na actualidade. Segundo os promotores do encontro, um dos desafios mais importantes das sociedades actuais é, sem dúvida, a construção de modelos sustentáveis de desenvolvimento local que privilegiem a alocação de recursos locais na satisfação das necessidades locais, respeitando as vocações, particularidades e valores das populações e das comunidades.
No entanto, sublinham o Graal e a Fundação STRO, face a um sistema monetário e financeiro internacional que assumidamente não cumpre com a sua função de motor de desenvolvimento’ em algumas regiões, tem sido cada vez mais discutida a necessidade de construir mercados e economias locais mais fortes, auto-sustentados e menos dependentes dos mercados financeiros internacionais para intermediar transacções e criar fontes de emprego e riqueza. É aqui que entram os sistemas complementares de troca, que dão o mote à palestra.
Estes instrumentos para a promoção do desenvolvimento sustentável são sistemas monetários não-estatais, especialmente impulsionados pelas novas tecnologias da comunicação e informação, que tiveram um ressurgimento notável nas duas últimas décadas, com exemplos nos cinco continentes.
Segundo a organização do encontro, caracterizam-se por uma grande diversidade de modelos organizacionais e são administrados localmente pelas comunidades aos quais estão delimitados, desenhados como verdadeiros fatos feitos à medida’ destas. Daí que compreendê-los [signifique] compreender as necessidades e características das comunidades do século XXI.
Esta abordagem destes verdadeiros laboratórios’ de inovação económica e social chega a Lisboa pela voz de Miguel Yasuyuki Hirota, da Universidade Ritsumeikan asia Pacific, do Japão, às 18 horas de segunda-feira, dia 12, no espaço do Graal em Lisboa, o Terraço (Rua Luciano Cordeiro nº 24 – 6º a).