a violência que atinge o país tem outra expressão para lá dos números dos atentados. Muitos menores abandonaram a escola, outros são usados como bombistas suicidas
a violência que atinge o país tem outra expressão para lá dos números dos atentados. Muitos menores abandonaram a escola, outros são usados como bombistas suicidas

as crianças são vítimas silenciosas da violência que todos os dias mina o Iraque, dos atentados-suicidas à guerra instalada entre facções xiitas e sunitas e entre a coligação liderada pelos americanos e os movimentos rebeldes islamistas.
Depois de uma visita de seis dias ao Iraque, a enviada para os direitos humanos sublinhou que não há qualquer protecção dos direitos das crianças vítimas dos conflitos armados. Muitas delas já não vão à escola, muitas são recrutadas para actividades violentas ou detidas em prisões, falta-lhes o acesso aos serviços mais básicos e manifestam-se muitos sintomas psicológicos pela violência na sua vida quotidiana , declarou Radhika Coomaraswamy , a representante especial do secretário-geral da ONU para as crianças e os conflitos armados.
Coomaraswamy desafiou líderes religiosos, políticos, militares e comunitários a encorajarem as crianças a permanecerem fora dos confrontos e a regressarem aos seus estudos. apenas metade dos alunos do ensino primário está a frequentar a escola, números que eram superiores a 80 por cento em 2005, observou a responsável. E somente 40 por cento têm acesso a água potável, com os riscos de um possível surto de cólera.
Desde 2004 notou-se o aumento do número de crianças recrutadas por milícias e grupos rebeldes, servindo algumas como bombistas suicidas. Uns 1500 menores estarão em instalações prisionais.