O director-geral da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO) defendeu a necessidade de medidas urgentes para assegurar que as populações pobres tenham acesso a géneros alimentí­cios
O director-geral da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO) defendeu a necessidade de medidas urgentes para assegurar que as populações pobres tenham acesso a géneros alimentí­cios É preciso tomar medidas imediatas para permitir aos produtores agropecuários ter acesso a fertilizantes e sementes e assegurar investimentos na pequena agricultura familiar e em infra-estruturas, como estradas rurais e sistema de armazenamento local , afirmou Jacques Diouf, em Brasília. a produção de alimentos pode, entretanto, ser aumentada de forma vertiginosa desde que haja vontade política e recursos , destacou.
Um estudo da FaO adianta que 40 a 60 por cento da produção agrícola mundial é perdida por causa de falta de armazenagem adequada e os stocks actuais de alimentos em todo o mundo estão nos seus níveis mais baixos nos últimos anos.
Se os preços aumentam, a população pobre não fica sem reacção. Vimos isso na Mauritânia, Senegal, Guiné, Camarões, Burkina-Fasso, Egipto, Indonésia, Haiti. É preciso tomar medidas estruturais, atacar as causas e não somente cuidar das consequências , salientou, lembrando a violência.
a FaO deu início, em Dezembro de 2007, a uma campanha que prevê a distribuição de sementes, fertilizantes e alimentos para o sector pecuário nos países pobres como forma de conter o aumento dos preços dos produtos alimentícios. Queria começar esse programa entre Março e Julho, mas o tempo de reacção é mais lento do que eu pensava , adiantou Diouf. a iniciativa deve entrar em vigor em Setembro.