África austral apelou à publicação “diligente” dos resultados das eleições presidenciais de 29 de Março no Zimbabué. a longa espera faz subir cada vez mais a tensão e é perigosa
África austral apelou à publicação “diligente” dos resultados das eleições presidenciais de 29 de Março no Zimbabué. a longa espera faz subir cada vez mais a tensão e é perigosa a autoridade eleitoral do Zimbabué faça um esforço diligente na verificação e publicação dos resultados, exigiu a cimeira que reúne os dirigentes políticos dos 14 países da Comunidade de Desenvolvimento da África austral (SaDC).
Reunidos durante 13 horas em Lusaka, na Zâmbia, exortam todas as partes do processo eleitoral a aceitar os resultados quando forem anunciados, declarou Tomaz Salomao, secretário-geral da SaDC. a verificação e a contagem dos ressaltados devem fazer-se na presença dos candidatos e dos seus representantes. a organização ofereceu-se para enviar uma delegação de observadores ao Zimbabué.
O líder da oposição, Morgan Tsvangirai, que reclama a vitória, e o dissidente Simba Makoni reconheceram que as eleições de 29 de Março decorreram de maneira justa, equilibrada e numa atmosfera agradável. Mas exprimiram os seus receios perante a demora no anúncio dos resultados e denunciaram a sua exclusão do processo de verificação, observaram os chefes de Estado.
a cimeira pediu ao presidente sul-africano, Thabo Mbeki, para continuar a mediação no Zimbabué e, deste modo, encontrar uma saída para o impasse pós-eleitoral. a declaração dos líderes da África austral é um passo em frente face à habitual ausência de crítica do velho chefe zimbabueano, no poder desde 1980.
Robert Mugabe recusou-se a participar na cimeira e os seus pares tiveram de trabalhar durante toda a noite para encontrar uma posição comum sobre a atitude a tomar. O chefe de estado zambiano, Levy Mwanawasa, presidente da SaDC, exortou os colegas, na abertura da cimeira, a não ignorar a extensão da crise do Zimbabué.