Enviados da ONU e da U a procuram dinamizar o processo político que está estagnado. Normalização de relações entre Sudão e Chade é essencial
Enviados da ONU e da U a procuram dinamizar o processo político que está estagnado. Normalização de relações entre Sudão e Chade é essencialOs enviados especiais das Nações Unidas (ONU) e da União africana (Ua) lideram os esforços para levar uma paz duradoura para a região dilacerada pela guerra que é o Darfur, no Sudão. Esta semana, os representantes dos dois organismos estão em consultas com o Governo de Cartum para introduzir um novo dinamismo no estagnado processo político.
Jan Eliasson, da ONU, e Salim ahmed Salim, da Ua, irão manter contactos na capital sudanesa com o principal negociador do Sudão para a questão do Darfur, Nafie al-Nafie, o antigo rebelde e actual assessor do Presidente, Minni Minawi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Deng alor, confirmou aos jornalistas a porta-voz da ONU Michéle Montas.
a porta-voz adiantou que, depois destas consultas, serão mantidas conversações em Juba – capital do Sul do país – com o Movimento Popular de Libertação do Sudão, o antigo grupo rebelde da região, que faz parte do Governo de Unidade Nacional desde 2005, quando um acordo de paz pôs fim à longa guerra civil entre o Norte, maioritariamente muçulmano, e o Sul, de maioria cristã e animista.
as conversações desta semana seguem-se às consultas informais realizadas entre parceiros regionais e membros da comunidade internacional, em Março. Na altura, Eliasson e Salim salientaram a necessidade de normalizar as relações entre o Sudão e o seu vizinho Chade, como um pré-requisito para a resolução Que envolverá da crise no Darfur.
a fronteira pouco vigiada – porosa, na descrição das Nações Unidas – entre o Darfur e o Chade tem sido palco de tensões, nos últimos meses: os habitantes da região sudanesa têm fugido aos ataques às suas aldeias atravessando a linha fronteiriça para o Leste do Chade, enquanto que deste país, rebeldes chadianos em luta contra o Governo de N’Djamena atravessaram a fronteira para o Sudão, motivando acusações mútuas ente os dois países.