A temperatura global no passado mês de novembro foi 0,77 graus centígrados mais elevada que a média dos meses homólogos do período 1981-2010 que se usa como referência, o que o tornou no novembro mais quente desde que há registos, revela o relatório mensal do serviço europeu sobre alterações climáticas (Copernicus), divulgado esta segunda-feira, 7 de dezembro.

Na Europa, a temperatura foi 0,2 graus superior à de novembro de 2015, que até agora constava como o recorde de calor para o 11º mês do ano. Em comparação com a média do período 1981-2010, a anomalia no velho continente chegou aos 2,2 graus.

Globalmente, o relatório conclui que as temperaturas foram excecionalmente altas para um mês de novembro numa ampla região que vai desde a Sibéria ao oceano Ártico, às costas que o contornam, ao norte do Alaska e ao extremo noroeste da costa do Canadá.

Ao contrário, estiveram claramente abaixo da média noutra área que vai desde as repúblicas da Ásia central ao Paquistão e ao norte da Índia, assim como no oeste da Antártida. E também foram registados níveis inferiores em algumas partes do Canadá, na Gronelândia, no norte de África, na costa brasileira e no extremo sudoeste da Austrália.

A nível europeu, a Noruega teve o mês de novembro mais quente desde as séries que começam em 1900. Também se bateram recordes na Suécia e Finlândia. O mês apenas foi algo mais fresco em algumas partes do sudeste da Europa.