Até ao próximo ano, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação “la Caixa” vão estar a apoiar três projetos de instituições científicas nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), num investimento de cerca de meio milhão de euros.

Um dos projetos é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde, através do Centro de Investigação em Saúde de Angola, e “tem como objetivo perceber a ligação entre a doença respiratória alérgica com a presença de helmintos (parasitas intestinais) e o papel que o microbioma intestinal possa ter na asma e no controlo dos helmintos”, explicam os serviços de comunicação da Gulbenkian.

Por sua vez, o projeto levado a cabo pelo Instituto Nacional de Saúde de Moçambique “consiste no estudo do Sars-Cov-2 em crianças de três escolas primárias de bairros urbanos, peri urbanos e rurais de Maputo”. Neste âmbito, “os investigadores vão analisar a taxa de mortalidade e morbilidade nestas faixas etárias, assim como realizar um estudo epidemiológico e um inquérito de sero prevalência que permitirá perceber a exposição ao vírus pelas crianças”.

Já a Universidade de Cabo Verde vai desenvolver um projeto que tem como “objetivo perceber a incidência do cancro da próstata em Cabo Verde e Moçambique, fazer um estudo biológico, saber qual o subtipo mais frequente daquele que é o cancro que mais mata em Cabo Verde”. Segundo a Gulbenkian, “este projeto inclui ainda a criação do laboratório digital ‘Incubator’, uma plataforma para a publicação de dados e informações para apoio ao diagnóstico do cancro da próstata”.