Em período de distanciamento social, devido à atual pandemia, os elementos do Secretariado da Juventude e Vocações da diocese de Portalegre-Castelo Branco decidiram dar vida ao projeto “Adota um avô”, com o objetivo de motivar uma “conversa telefónica” entre um jovem e uma pessoa que se encontre a viver só.

 

O projeto entrou em vigor com um conjunto de regras. “Não são permitidos encontros pessoais, troca de imagens, nem o jovem pode fazer perguntas sobre moradas, rotinas ou algo que possa invadir a privacidade”, explicam os promotores da iniciativa, que começou por beneficiar “pessoas que vivem sós referenciadas pela comunidade das Irmãs Salesianas da Chainça-Abrantes”.

 

Não tardou muito para que os mais velhos começassem também a ligar às irmãs para lhes dizerem que “se sentiam muito bem com o ‘neto adotivo’”. O projeto “ultrapassou os limites” da diocese de Portalegre-Castelo Branco, e encontra-se agora a “ser implementado em Setúbal e Benedita (Patriarcado de Lisboa) e a caminho de implementação no Porto e em Lisboa”, adiantam os responsáveis pela iniciativa, em comunicado.

 

Os responsáveis pelo projeto esperam agora que a “situação sanitária do país vá evoluindo favoravelmente, para rapidamente” se poder organizar, nas respetivas paróquias dos “avós”, “uma festa de conhecimento recíproco”. A iniciativa surgiu no contexto da atual pandemia, com o objetivo de quebrar os momentos de solidão a que muitos idosos se viram sujeitos.