Está prevista a realização de uma formação avançada de médicos na Guiné-Bissau. A primeira formação vai ser prática e presencial, e vai contar com a participação de 30 jovens clínicos gerais guineenses. A iniciativa arranca este mês de fevereiro e irá envolver médicos de Braga e de Guimarães.

A formação terá lugar nos hospitais guineenses de São José, em Bôr, e Simão Mendes e Cumur, em Bissau, nas “áreas de anestesiologia, cirurgia geral, cirurgia ginecológica e medicina interna, numa parceria técnica e científica com a Escola de Medicina da Universidade do Minho”, indicam os serviços de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG).

Esta será a “primeira formação no terreno”, e vai prolongar-se ao longo de “quatro meses”, sendo “assegurada por médicos portugueses provenientes de seis hospitais”: Hospital de Braga, Centro Hospitalar do Médio Ave, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Centro Hospitalar Universitário São João (Porto), Hospital Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães) e Unidade Local de Saúde do Alto Minho. No global, a formação em contexto hospitalar “tem a duração de oito meses e é intercalada com um estágio de três meses em Portugal”, adianta a Gulbenkian.

No contexto desta ação, a FCG lembra que a Guiné-Bissau é “um dos países mais pobres do mundo”, com uma “esperança de vida de 53,8 anos à nascença”. Há cinco anos, a Guiné-Bissau “contava com 1,27 médicos para cada 10 mil habitantes enquanto na região subsaariana de África a média é de 2,09 médicos para 10 mil habitantes”.