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A nível global, cerca de 33 por cento do solo está moderado ou altamente degradado, alerta a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que publicou na última semana o relatório “Situação Mundial da Terra e dos Recursos Hídricos para Alimentos e Agricultura – Sistemas em ponto de rutura”.

As perdas anuais registadas na produção de cereais devido à erosão estão estimadas em 7,6 milhões de toneladas. Segundo o documento, em terras brasileiras deverá registar-se uma redução da produção do trigo de sequeiro, seguindo a tendência da África Central, Ásia Central e Índia. A produção do café brasileiro também poderá diminuir, devido ao aumento das temperaturas globais.

Até 2050, a FAO prevê que dois terços dos habitantes da terra residam em vilas e cidades. A residência em áreas urbanas está associada a um maior consumo de alimentos processados, que “podem dominar as dietas urbanas e resultar em graves efeitos na saúde, incluindo desnutrição, obesidade e deficiências de micronutrientes”, alerta a agência das Nações Unidas, adiantando que o “rápido crescimento das cidades vem tem um impacto significativo sobre a terra e os recursos hídricos, invadindo terras agrícolas de boa qualidade”.