Foto: EPA / Aaron Ufumeli

O Dia dos Direitos Humanos é celebrado esta sexta-feira, 10 de dezembro. Este ano, a efeméride é assinalada com um apelo à redução das desigualdades. Numa mensagem dedicada à data, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que a pobreza e a fome estão a aumentar, pela primeira vez, em décadas, milhões de crianças estão a perder o seu direito à educação, a exclusão e a discriminação crescem, e que a somar à pandemia juntam-se os efeitos das alterações climáticas.

O secretário-geral das Nações Unidas considera que a recuperação da pandemia deve ser uma “oportunidade para expandir os direitos humanos e as liberdades e reconstruir a confiança na justiça e na imparcialidade das leis e das instituições”. Guterres lembrou que a ONU defende os direitos de cada membro da “família humana” e que continuará a trabalhar pela justiça, igualdade, dignidade e direitos humanos para todas as pessoas.

Ainda a propósito do Dia dos Direitos Humanos, Michelle Bachelet, alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, referiu que “os dois últimos anos foram uma demonstração dolorosa do custo intolerável de desigualdades crescentes”. A responsável adiantou que a pandemia “deixou efeitos arrasadores, aprofundando as diferenças, a começar pela distribuição de vacinas”. Por sua vez, a crise climática “afeta milhões de pessoas e aumenta o número que migra em decorrência dos efeitos das mudanças no clima”. Michelle Bachelet afirma que a “igualdade está no centro dos direitos humanos e que é preciso abraçar toda diversidade e exigir o fim de qualquer tipo de discriminação”.