A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em colaboração com a Comissão Europeia, criou uma nova plataforma digital onde disponibiliza várias ferramentas que ajudam a identificar e a refutar as teorias da conspiração em torno da origem, cura e propagação da Covid-19.

Com base em recursos de aprendizagem visual, a plataforma, disponível em várias línguas, pretende auxiliar os usuários a identificar as informações falsas sobre a doença, a entender as suas motivações e a refutá-las com factos. Ao mesmo tempo, fornece algumas dicas de como responder de forma esclarecida aos que espalham os boatos.

A pandemia desencadeou uma crise de desinformação, que inclui explicações rebuscadas sobre as origens do vírus, como pode ser curado e quem é o ‘culpado’ pela sua propagação. Para Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, este fenómeno “faz parte de uma tendência mais ampla de aumento do discurso de ódio, do racismo e da discriminação”, que causa “danos reais às pessoas, à saúde e também à segurança física”.

Já a vice-presidente da Comissão Europeia para Valores e Transparência, Věra Jourová, considera que a desinformação prejudica a saúde das democracias e, para combater o problema, “as instituições públicas precisam cooperar com plataformas digitais, profissionais de media, apuradores de informação e investigadores”.