Foto: Santuário de Fátima

O amor é uma norma de vida cristã que se pode manifestar através da “preocupação pelos necessitados, a atenção aos doentes, o acolhimento aos estrangeiros e refugiados, a assistência aos presos e o cuidado dos mais pequenos e débeis”, disse António Moiteiro, bispo na diocese de Aveiro, na homilia da Missa da Peregrinação Internacional Aniversária ao Santuário de Fátima, nesta segunda-feira, 13 de setembro.

“O convite de Jesus a que O sigamos inclui um convite a que nos integremos no Seu projeto. Quem julga que é Seu seguidor e não se interessa pela Sua missão libertadora e salvadora, não se preocupa com os sofrimentos do povo, com a sua fome religiosa, a sua sede de Deus, o seu desejo de aprender, de rezar, de se comprometer, não é verdadeiro seguidor; vive numa ilusão, porque não há seguimento sem missão”, disse o prelado, citado pelos serviços de comunicação do Santuário de Fátima.

Conforme é habitual, a celebração contou uma mensagem dirigida ao doente, proferida por Francisco Pereira, capelão do Santuário de Fátima. “Vulnerável e preso na tua doença, assenta a tua vida no poder da fé, da esperança e do amor. Acredita no poder do amor. Na tua carne, dorida e sofrida, completas o que falta à paixão de Cristo. Acredita que o Deus que é amor e que nos gera por amor e para o amor, não te esquece nem te abandona. Ele está contigo para poderes encontrar sentido nos acontecimentos de cada hora, um sentido que ultrapassa os limites da história, mas transforma a própria eternidade”, referiu o sacerdote.

Antes que a celebração chegasse ao fim, António Marto, cardeal e bispo na diocese de Leiria-Fátima, recordou o ataque de 11 de setembro de 2001, às Torres Gémeas, nos Estados Unidos da América, e o drama dos refugiados afegãos, “que batem à porta da Europa”. Para o prelado, estes acontecimentos são a “imagem de um mundo ferido, dividido e fragmentado pela violência do mal, que evoca e grita pela misericórdia do Altíssimo”. António Marto lembrou ainda a viagem apostólica do Papa Francisco à Hungria e Eslováquia, considerando esta presença pontifícia como um “símbolo da Igreja em saída” que “consola, leva a paz e abre caminhos de reconciliação e esperança”.