Mara Gabrilli, senadora brasileira que integra o Comité das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Foto Foto: George Gianni)

A consulta ativa às pessoas com deficiência e às organizações que as representam é fundamental para assegurar uma recuperação com inclusão das suas aspirações e direitos num cenário pós-Covid abrangente, acessível e sustentável, afirma o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, numa mensagem a propósito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinala esta quinta-feira, 3 de dezembro.

Segundo a ONU, existe um bilião de pessoas com deficiência em todo o mundo, que estão os grupos mais expostos à exclusão da sociedade. Para Mara Gabrilli, senadora brasileira que integra o Comité das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, é preciso assegurar-lhes maior representatividade para garantir uma melhor inclusão.

“Somos um bilião de pessoas com deficiência em todo mundo. Não compomos um microcosmo, mas um contingente gigante que vota, trabalha, consome, paga impostos e luta. Em tempos de crise, nunca ficaram tão evidentes as desigualdades e vulnerabilidades dessa população. Nesse Dia Internacional da Pessoa com Deficiência lembro que nação alguma crescerá deixando as pessoas mais vulneráveis para trás. Elas são o parâmetro de direitos humanos de uma nação. Quando são respeitadas toda o restante da população também é”, disse a senadora à ONU News.

Em 2019, a ONU lançou a Estratégia de Inclusão de Pessoas com Deficiência para elevar os padrões do desempenho na inclusão do grupo a todos os níveis e para aumentar a consciência sobre mudanças necessárias. Mas para Mara Gabrilli, há ainda muito por fazer. “A pandemia da Covid-19 mostrou que tudo o que temos feito em termos de política pública para pessoas com deficiência ainda está muito distante do que ainda precisamos fazer. E precisamos com urgência adotar práticas para atingir o objetivo de promover a participação plena igual de pessoas com deficiência pelo desenvolvimento e pela inclusão dessas pessoas em todos os aspetos da sociedade. E isso é o que eu espero desse dia e de todos os outros do ano: igualdade de oportunidades”, sublinhou.