Num ano em que mais de 1,5 milhão de pessoas morreram por causa da Covid-19, as Estimativas Globais de Saúde 2000-2019 divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam para os problemas de saúde preexistentes, como doenças cardíacas, diabetes e questões respiratórias, como fatores de risco de complicações e morte.

De acordo com a agência da ONU, cerca de 55,4 milhões dos óbitos ocorreram em todo o mundo em 2019, sendo que entre as 10 principais causas, 55 por cento de óbitos ocorreram por doença cardiovascular, respiratória ou neonatal. Ou seja, depois das doenças cardíacas, estão os derrames, doença pulmonar obstrutiva crónica, infeções respiratórias inferiores e condições neonatais. Desta lista constam ainda as doenças de traqueia, brônquios e do pulmão, alzheimer e outras formas de demência, diarreia, diabetes e doenças renais.

Para os responsáveis da OMS, estes dados evidenciam que é preciso intensificar o foco global “na prevenção e no tratamento de cardiopatias, cancro, diabetes e doenças respiratórias crónicas, bem como no combate a lesões”. Já sobre a evolução das doenças cardíacas nos últimos 20 anos, destaca-se um número recorde de óbitos.

Os novos dados revelam ainda que a doença de alzheimer e outras formas de demência passaram a fazer parte da lista das principais causas de morte, ocupando o terceiro lugar nas Américas e na Europa em 2019, com as mulheres a serem as mais afetadas.

Os óbitos por diabetes também aumentaram 70 por cento a nível global entre 2000 e 2019, com um crescimento de 80 por cento dos casos fatais entre homens. Em sentido contrário, o ano passado verificou-se uma redução no número de mortes com pneumonia e outras infeções respiratórias, que antes eram a quarta principal causa de morte.