O Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, no Peru, desencadeou uma campanha solidária para proteger as populações indígenas da região de Baixa Urubamba, que conta com o apoio da Igreja dos nove países que compõem a região Pan-Amazónica.

Entre os países desta região, o Peru é o que regista o maior número de casos confirmados de Covid-19 entre os povos indígenas, havendo pelo menos sete etnias a sofrer com a pandemia e com a falta de cuidados médicos. Por isso, a campanha foi batizada de “Sete povos, uma zó voz”.

Em comunicado, a Conferência Episcopal do Peru alerta para o perigo do aumento vertiginoso de contágios, já que mais de 60 por cento das comunidades nativas da Amazónia peruana não dispõem de centros de saúde, e assegura a união da Igreja para responder a este problema com uma “cruzada de solidariedade”.

Neste sentido, o objetivo é reunir 350 mil soles (cerca de 90 mil euros), para investir em remédios e dispositivos de segurança para os profissionais de saúde, como também “na melhoria das estruturas para receber de maneira mais digna os pacientes infetados com o coronavírus”, explicam os bispos peruanos.