António Guterres
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas | Foto: ONU / Jean-Marc Ferré

Os 77 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz são assinalados esta quinta-feira, 27 de janeiro. A propósito do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), gravou uma mensagem em vídeo.

O responsável lembra os 6 milhões de mortos provocados pelo genocídio, e afirma que “foi destruído o magnífico mosaico da vida judaica na Europa”. Segundo Guterres, a própria “essência do trabalho das Nações Unidas – por dignidade, por justiça, pelos direitos humanos e pela paz – é para dar sentido à promessa de ‘nunca mais’”.

O secretário-geral da ONU refere que o antissemitismo “é a forma mais antiga de ódio e de preconceito”, e lamenta que esteja reaparecer, assim como as tentativas “perturbadoras de negar, distorcer ou minimizar” o Holocausto, que “encontram terreno fértil na internet”. António Guterres dá conta do choque que teve ao tomar conhecimento de que quase metade dos adultos não sabem o que é Holocausto, e afirma que “a resposta para esta ignorância precisa de ser a educação”.

Falando sobre o caso do seu país – Portugal – o secretário-geral das Nações Unidas lembra que a expulsão dos judeus que teve lugar no século XVI foi “um ato de crueldade que causou enorme sofrimento e um ato de estupidez que produziu séculos de estagnação”. António Guterres salienta que os governos têm a responsabilidade de falar às populações sobre o “horror do Holocausto”, e pede para que a comunidade internacional tenha uma posição firme “contra o ódio e a intolerância”.