A Peregrinação da Família Missionária da Consolata a Fátima teve lugar este sábado, 19 de fevereiro. Na sua 32ª edição, a jornada decorreu com o tema “Atreve-te a arriscar a vida”. A Eucaristia que marcou a jornada decorreu esta tarde, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Devido aos casos de infeção por covid-19, a peregrinação reuniu, sobretudo, jovens ligados aos Missionários e Missionárias da Consolata, mas também membros dos vários grupos desta congregação religiosa.

No arranque da celebração na Cova da Iria foram recordados os aniversários que se destacam este ano, nomeadamente os 70 anos de profissão religiosa do padre Jaime Marques, os 60 anos de profissão religiosa da irmã Cecília Costa e do padre Tobias Oliveira, os 25 anos de ordenação sacerdotal do padre Hélder Bonifácio, e os 60 anos de ordenação sacerdotal do padre Luís Tomás. O início da Eucaristia foi também uma ocasião para destacar, entre a assembleia, a presença de um grupo de pessoas que representam refugiados acolhidos pela Fundação Allamano, uma instituição dos Missionários da Consolata.

A importância dos gestos diários

A presidir à Eucaristia esteve Stefano Camerlengo, Superior Geral dos Missionários da Consolata. A concelebrar estiveram Giovanni Treglia, Superior Provincial da Europa, e Bernard Obiero, conselheiro da Região Europa. Na homilia, o presidente da celebração sensibilizou os fiéis para a importância de “fazer todos os esforços para melhorar a qualidade de vida”, através dos gestos habituais de cada dia, à “imagem de Cristo”.

“Jesus escolheu Nazaré como sua cidade: sem fama, importância, peso político, social ou cultural. A vida de Jesus era tão simples, quotidiana e normal que escandalizou os seus concidadãos: eles rejeitaram-no porque procuravam um profeta para ‘milagres’, um messias para ser aplaudido. E Jesus deixa Nazaré para formar uma nova ‘família’ que baseia a sua existência em valores bem diferentes: simplicidade, mansidão, humildade, a cruz, a Palavra”, demonstrou Stefano Camerlengo.

Perante aqueles que o escutavam, o Superior Geral dos Missionários da Consolata afirmou que o exemplo de Cristo “leva-nos de volta à importância do quotidiano, no seguimento de um Mestre que nos escandaliza com a sua humildade, a sua simplicidade, a sua ‘não sabedoria’, o escondimento por si escolhido”. “A fidelidade na vida quotidiana não é uma virtude simples: só pode ser alcançada através de uma constante ascese de obediência e caridade, de vontade e generosidade. A imaginação é de pouca ajuda aqui, mas contam ao invés a substância, a determinação, o empenho e a vontade”, indicou Stefano Camerlengo.

Uma assembleia reduzida e colorida

Além do beato José Allamano, a Eucaristia foi ainda uma ocasião para lembrar o cónego Tiago Camisassa, o colaborador mais direto do fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata, de quem este ano se celebra o centenário do seu falecimento. Foram ainda recordados todos os missionários e missionárias da Consolata, os jovens, os mais frágeis que carecem de auxílio, os sem-abrigo, refugiados, assim como os elementos de todos os grupos da Família Missionária da Consolata.

Antes da pandemia, a Peregrinação da Família Missionária da Consolata reunia em Fátima cerca de seis mil pessoas. No ano passado, a 31ª edição desta iniciativa decorreu em ambiente digital devido à covid-19. Este ano aconteceu de forma presencial, mas com um número reduzido de pessoas, sobretudo jovens ligados aos Missionários da Consolata, que envergaram t-shirts com as cores que representam cada continente do mundo: branco – Europa, amarelo – Ásia, verde – África, azul – Oceânia, e vermelho – América.