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“O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, quando lançado na terra, é a menor de todas as sementes” (Marcos 3:41) – Estas palavras parecem ter sido ditas em relação à presença da Igreja neste país da Ásia Oriental. Este “grão de mostarda” foi lançado em terras mongóis no século décimo, com raízes cristãs de origem siríacas, mas depressa congeladas pelo império mongol, permanecendo inativo durante séculos. A renovada presença da Igreja Católica na Mongólia acontece em 1992, aquando da chegada dos Missionários do Coração Imaculado de Maria, liderados pelo padre Wenceslao Padilla, mais tarde nomeado primeiro bispo da Mongólia. Tal facto levou a considerar como “nova” a presença da Igreja naquele país.

Atualmente, a Igreja Católica tem dez paróquias, uma delas da Consolata – Arvaiheer – situada a 400 quilómetros a sul da capital – Ulan Bator. Os fiéis mongóis são cerca de 1200, num total de três milhões e meio de habitantes. São 60 os missionários de várias congregações, envolvidos em vários projetos sociais. Giorgio Marengo, um dos primeiros missionários da Consolata na Mongólia, foi consagrado bispo em agosto de 2019.

Tive o prazer de visitar a Mongólia por três vezes, onde os missionários da Consolata se dedicam à promoção humana, que inclui atividades pós-escolares para crianças, chuveiros públicos, projetos de artesanato para apoio económico a mulheres, uma creche e um grupo para a recuperação de homens vítimas do alcoolismo, bem como o fomento do diálogo. Este “pequeno grão de mostarda” já começou a dar frutos – a Igreja tem já um sacerdote e um diácono locais – sinal de que o futuro é luminoso e abençoado.

Texto: Álvaro Pacheco, missionário da Consolata