Foto: HELPO ONGD

A passagem do ciclone Gombe em Moçambique provocou variados estragos. A Helpo, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) portuguesa, está presente em várias comunidades da província de Nampula, onde os danos que conseguiu apurar até ao momento se revelam “significativos”. O organismo afirma estar agora a trabalhar em “situação de emergência”, para atenuar os efeitos provocados pelo tufão.

“Só na Ilha de Moçambique foram destruídas 2.204 habitações e outras 1.438 foram afetadas. Cem escolas foram destruídas e 12.972 alunos estão sem condições para ir à escola. As estruturas de saúde também sofreram danos e há cinco vias de acesso intransitáveis”, indica a ONGD.

Em Nampula, o organismo nacional registou “danos em nove escolas” que acompanhada, “onde se incluem salas de aula completamente inutilizadas, quer por falta de cobertura, quer por terem sido totalmente derrubadas”. Segundo a organização, os danos “estendem-se a outras estruturas escolares como as instalações sanitárias, os fornos escolares, os gabinetes administrativos, alpendres e pátios”.

Para fazer face a esta situação, a ONGD distribuiu, entre os passados dias 13 e 14 de março, “72 kits alimentares a famílias na Ilha de Moçambique, compostos por farinha, latas de sardinha enlatada, óleo e sabão, e foram entregues três motosserras ao conselho municipal para colaborar no desimpedimento das vias públicas”.

A organização portuguesa integra o “Cluster da educação em emergência em Moçambique”, com o qual “já se encontra em articulação no local”, e a “preparar relatórios para entrega a parceiros, com os danos verificados nos projetos implementados no terreno”. “Apurámos 120.000 euros de custos necessários para reparar os danos causados pelo ciclone e para apoiar as famílias afetadas”, refere a Helpo, em comunicado, apelando à solidariedade para recuperar as infraestruturas destruídas.