O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é assinalado esta terça-feira, 3 de maio. Numa mensagem dedicada à data, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), destaca o trabalho essencial dos meios de comunicação que “procuram transparência e responsabilidade daqueles que estão no poder”.

Guterres lembra que são os profissionais de comunicação que levam informações precisas que podem salvar vidas, com destaque para o trabalho realizado durante a pandemia da covid-19, e também em contexto de guerra. O secretário-geral da ONU lembra que apesar do avanço da tecnologia contribuir para democratização no acesso à informação, esta também facilita a censura e cria novos canais para a opressão e abuso, além de aumentar o risco de assédio e violência.

A propósito desta data, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) premiou a Associação de Jornalistas da Bielorrússia com o Prémio Mundial da Liberdade de Imprensa Guillermo Cano. A associação bielorussa de jornalistas nasceu em 1995 como uma entidade não governamental de trabalhadores da área da comunicação, com o propósito de fomentar a liberdade de expressão e o jornalismo independente na Bielorrússia. Atualmente, reúne mais de 1,3 mil membros e faz parte da Federação Internacional de Jornalistas e da Federação Europeia de Jornalistas.

Alfred Lela, presidente do júri internacional do galardão, explica que esta distinção é uma demonstração de que estão “ao lado de todos os jornalistas do mundo que criticam, se opõem e expõem políticos e regimes autoritários, transmitindo informações verdadeiras e promovendo a liberdade de expressão”. Para o responsável, a atribuição deste prémio é uma forma de dizer – “Estamos convosco e valorizamos a vossa coragem”. O Prémio Guillermo Cano tem esta designação em homenagem ao jornalista colombiano e fundador do jornal El Espectador, assassinado na Colômbia, em dezembro de 1986, em frente ao prédio do jornal, quando entrava para trabalhar.