as execuções sumárias, arbitrárias e extra-judiciais, são comuns no Brasil, afirmou o relator especial das Nações Unidas. Exigem-se “acções urgentes” para garantir o respeito pelos direitos humanos
as execuções sumárias, arbitrárias e extra-judiciais, são comuns no Brasil, afirmou o relator especial das Nações Unidas. Exigem-se “acções urgentes” para garantir o respeito pelos direitos humanosNuma conferência de imprensa, em Brasília, a 14 de Novembro, Philip alston afirmou que o povo brasileiro não lutou contra uma ditadura militar e aprovou uma constituição dedicada ao respeito pelos direitos humanos para permitir que polícias matem impunemente em nome da segurança. O relator fez o balanço da sua visita de 11 dias ao Brasil. Nesse período recebeu numerosas denúncias de abusos de autoridade e assassínios cometidos por agentes do Estado.
Em Março, a ONU divulgará um relatório final, onde apresentará recomendações ao governo brasileiro. Constará de oito medidas, onde se inclui a necessidade de maiores investimentos na formação e remuneração de polícias. a exposição baseia-se em entrevistas com familiares das vítimas, chefes de corporações policiais, fiscais e organizações de direitos humanos.
Só no primeiro semestre de 2007, foram registados 694 casos de execuções extra-judiciais. O relator especial da ONU criticou duramente uma operação policial com 1. 300 efectivos que, a 27 de Junho, culminou na morte de 19 pessoas no Complexo do alemão, uma das mais perigosas favelas do Rio de Janeiro.
Segundo testemunhos dos habitantes daquela favela, recolhidas pelo Ministério Público, muitos dos mortos foram executados por polícias com tiros à queima-roupa. acções como essa são uma boa maneira de criar ódios e ressentimentos, concluiu Philip alston.