O tabaco tornou-se agora uma epidemia no Quénia. vítimas de tantas condições adversas, um milhão de crianças sofre mais esta chaga
O tabaco tornou-se agora uma epidemia no Quénia. vítimas de tantas condições adversas, um milhão de crianças sofre mais esta chagaSão pelo menos um milhão, ou seja 13 por cento da população escolar, os alunos das escolas primárias do Quénia que fumam regularmente. Resultado de uma sondagem encomendada pelo Ministério da Saúde, a notícia faz prever que daqui a alguns anos estas crianças paguem um preço muito elevado.
Já debilitadas pela má nutrição e por outras doenças endémicas, estes jovens fumadores pagarão com a morte as aventuras da sua tenra idade. Prevê-se que muitos deles venham a morrer antes de atingirem os 40 anos de idade.
Fez-me impressão esta história de primeira página em ambos os jornais diários do Quénia, de 8 de agosto. Nesse dia terminei as minhas férias em Portugal. a impressão tem a ver com a minha história de fumador. Não comecei na adolescência nem na juventude, mas sim com os meus 24 anos.
Há já 21 anos que não fumo. aproveitei o período de férias de 1986 – ainda recordo o dia e a hora – para fumar o meu último cigarro. É pena que cada pessoa deva fazer o seu próprio percurso e sofrer-lhe as consequências.
Se eu pudesse falar a este milhão de crianças e mostrar-lhes por a mais B que o futuro delas e da sua geração se está a esvair em fumo, de boamente o faria. Infelizmente nem sequer o governo toma as devidas medidas perante estatísticas tão alarmantes.
Segundo o director dos Serviços Médicos do Ministério da Saúde, James Nyikal, em 2006 os quenianos gastaram 230 milhões de euros em tabaco e outros 200 milhões na cura de doenças relacionadas com o mesmo. Dinheiro precioso que muita falta faz aonde é verdadeiramente necessário.