a VI edição do Fórum dos Povos abriu a 4 de Junho, em Sikassi, no sudoeste do Mali, com a presença de centenas de delegados de vários países africanos e da França, Bélgica e Canadá
a VI edição do Fórum dos Povos abriu a 4 de Junho, em Sikassi, no sudoeste do Mali, com a presença de centenas de delegados de vários países africanos e da França, Bélgica e CanadáChamado também a Cimeira dos Pobres, o Fórum dos Povos é uma resposta africana à cimeira do G8, que reúne os países mais industrializados na alemanha. No Mali estará em cima da mesa das discussões o problema da dívida dos países pobres, além dos acordos de colaboração económica, o problema do acesso à água, os conflitos internos e outros. Serão ainda discutidos os objectivos do programa Milenium das Nações Unidas.
Os países africanos vão estudar a possibilidade da criação do Banco do Sul, como uma possível alternativa ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo monetário Internacional (FMI). Estes organismos já deram provas de serem incapazes de apoiar os países pobres. Devem agora dar a vez a organismos não controlados pelos grupos económicos ocidentais, mas pelos próprios estados.
Os resultados das políticas económicas impostas pelo BM e pelo FMI conduziram ao endividamento elevado dos países africanos e à pobreza crescente das suas populações. O ano passado os participantes na V edição do Fórum dos Povos concluíram os trabalhos com um apelo à dissolução do BM e do FMI. Estes organismos são verdadeiros cavalos de Tróia do neo-liberalismo, destinados apenas a desfrutar os países mais pobres.
O Fórum dos Povos é organizado anualmente por uma coligação de alternativas africanas para o desenvolvimento, graças ao apoio de organizações humanitárias internacionais, como o Comité Católico Contra a Fome.