Haverá mais gente no mundo a emigrar para outros países perseguindo o sonho de ter uma vida melhor
Haverá mais gente no mundo a emigrar para outros países perseguindo o sonho de ter uma vida melhorOs fluxos migratórios no mundo vão aumentar, porque há cada vez mais pessoas que são obrigadas a sair dos seus países à procura de liberdade e de condições para sustentar as suas famílias, afirmou o Secretário-geral da Fundação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos (FIDH), Driss El Yazami.
Nos últimos 25 anos o número de imigrantes duplicou no mundo e todos os indicadores apontam para que esta tendência continue a aumentar devido às disparidades entre países ricos e pobres, em matéria de desenvolvimento, demografia e democracia, sustentou aquele responsável à margem da apresentação do III Congresso Mundial daquela organização, que se realiza em abril, em Lisboa.
Os dados de 2005 apontavam para a existência de 200 milhões de migrantes (entre os quais 9,2 milhões de refugiados), o equivalente a cerca de 3 por cento da população mundial. Os Estados Unidos da américa continuam a ser o primeiro pólo de atracção dos migrantes, seguidos da Europa Ocidental (UE e Suíça) e da austrália.
O Norte de África, o Médio Oriente, a Turquia e o Golfo Pérsico acolhem actualmente dez por cento dos migrantes a escala mundial. E é também o continente africano que apresenta 66 milhões de migrantes, a zona do mundo com maior número de pessoas internamente deslocadas devido a conflitos, crises económicas e factores ecológicos.
Driss El Yazami assinalou que a migração feminina faz-se, não por reagrupamento familiar mas por fins laborais. Deve-se, não só ao facto de estas terem começado a emigrar sozinhas, mas também à tomada de consciência dos seus direitos em sociedades onde persistem numerosos constrangimentos restritivos da sua emancipação.
actualmente, a maioria dos emigrantes marroquinos são mulheres, o que realça e reforça a transformação dos papéis tradicionalmente desempenhados por homens e mulheres e demonstram a mudança da sociedade. No entanto, estas mulheres migrantes são particularmente vulneráveis à exploração, às discriminações e aos abusos.