Um olhar sobre Moçambique e o que nele está a acontecer, sugere a pergunta que escolhi para título: E se forem verdade quatro notícias que circulam no país?
Um olhar sobre Moçambique e o que nele está a acontecer, sugere a pergunta que escolhi para título: E se forem verdade quatro notícias que circulam no país?O presidente moçambicano, armando Emílio Guebuza, tem como principal estratégia de governo abater a pobreza absoluta. Para o conseguir identificou três grandes muros a derrubar: o deixa-andar, a burocracia e a corrupção. Quando se escuta o povo pobre, quando se vai às repartições públicas, quando se viaja pelo país, tem-se a impressão que o discurso do presidente não passa de um slogan político.
Não podemos ficar indiferentes diante do que se está a passar nos últimos dias. Quatro notícias enchem a agenda nacional da luta contra a pobreza e combate contra a corrupção. Em primeiro lugar o curso de liderança. Tem por objectivo reforçar as capacidades e competências de ministros, vice-ministros e secretários permanentes dos ministérios para que possam realizar com sucesso as suas funções de liderança e de gestão, actualizando os seus conhecimentos e experiência. Pretende-se deste modo adequar a sua actuação face às mudanças que o governo quer implementar no contexto da sua estratégia de luta contra a pobreza.
a segunda notícia refere-se ao recenseamento dos empregados públicos e funcionários de Estado. Trata-se de um dever cívico que pode ter verdadeiras repercussões na organização da administração pública e até no orçamento do Estado. Pode-se assim corrigir abusos que existem no sector.
Em terceiro lugar temos o Fórum Nacional anticorrupção.como órgão de consulta, tem a pretensão de promover uma discussão construtiva, franca, aberta entre os vários actores da sociedade: o governo, a sociedade civil, o sector privado e os parceiros da cooperação.
a última notícia tem a ver com a surpresa dos dados do relatório do Banco Mundial. Este organismo internacional considera que em Moçambique o índice da pobreza desceu de 70 para 54 por cento da população, de 1997 a 2003. Segundo as previsões do PaRP a II (Plano de acção para a Redução da Pobreza absoluta) esta deverá descer para 45 por cento até 2009.
São notícias que alegram e semeiam esperança em todos os sectores da população. Se tudo isto for verdade, temos muito a esperar e muito mais para trabalhar. Os moçambicanos querem acreditar que seja verdade.