Sol brilhante, céu manchado de nuvens às 9 da manhã, menos 3 em Lisboa, de sábado 20 de Janeiro. Todos os caminhos vão dar a Uhuru Park. Está prestes a começar a festa de abertura
Sol brilhante, céu manchado de nuvens às 9 da manhã, menos 3 em Lisboa, de sábado 20 de Janeiro. Todos os caminhos vão dar a Uhuru Park. Está prestes a começar a festa de abertura
Pouco a pouco começam a chegar grupos. Cantam, dançam, agitam bandeiras e cartazes. O prado verde em declive para o palco vai-se enchendo aos lentamente. Gentes de todos os continentes, raças e cores. Serão 60, 80 ou mesmo cem mil? Pouco importa. É o espectáculo! Um mar de gente ondulando e cantando.
ao longe ouvem-se os tambores, os instrumentos musicais mais variados. a marcha vinda de Kibera, um bairro de 800 mil habitantes, invade o terreiro em frente do palco. É uma visão deslumbrante de cor e alegria.
No palco sucedem-se as músicas que põem todos a dançar. São intercaladas com slogans que interrogam se é possível um mundo sem sida, sem guerra, sem, ao que a multidão responde afirmativamente em coro.
as carências dos deserdados do mundo, os problemas que afligem os homens são todos aclamados, um a um, como uma ladainha. a alegria é esfusiante. Gera-se comunhão e fraternidade. Trocam-se cartões, endereços de correio electrónico. Dão-se abraços e beijos. São repetentes dos fóruns que se reencontram em Nairobi. Gestos de um povo que caminha para um mundo diferente. ao menos na esperança!