Pedro Louro, missionário da Consolata português em Roma

Está aí novembro. Já se sente o cheiro das castanhas. Em Roma também. Indo a pé para celebrar a missa às irmãs de São João Batista, uma das capelanias da Casa Geral dos Missionários da Consolata em Roma, acompanha-me pelo caminho o perfume das castanhas assadas – ‘caldarroste’ – como se chama por aqui. Mas novembro não é só o mês das castanhas ou da água-pé.

É o mês dos santos e da chamada à santidade de todos os cristãos. Os dois primeiros dias do mês dão-nos a tonalidade – a festa de todos os santos e dos fiéis defuntos. São os nossos antepassados na fé – aqueles que viveram e testemunharam no quotidiano da própria vida a beleza do evangelho. Muitos deles não têm o nome inscrito no registo da Igreja. São anónimos, “santos da porta do lado”, como lhes chama o Papa Francisco.

José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata, pedia e rezava para que os seus missionários procurassem ser santos. Não santos de nicho ou de altar, mas do quotidiano em que com fidelidade e amor vivem e anunciam o evangelho. Ao brinde de um copo de água-pé e ao gosto das castanhas, juntemos um agradecimento e uma oração ao Senhor por sermos todos chamados à santidade.