Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizou uma visita de dois dias ao Líbano. A deslocação permitiu verificar que faltam medicamentos essenciais e bens básicos, o que levou o responsável a alertar para uma “situação muito crítica no país” e a pedir “mais urgência no apoio da comunidade internacional”.

O diretor-geral da OMS visitou dois hospitais libaneses e verificou que os problemas vão muito para além da covid-19. Os funcionários explicaram a Tedros Ghebreyesus que “faltam remédios para tratar pacientes com cancro ou com outras doenças”, para tratar doentes urgentes e para fazer hemodiálise. Está ainda em risco o sistema de imunização do país e a possibilidade do retorno de surtos de doenças como a pólio e o sarampo.

No decorrer de um encontro entre o diretor-geral da OMS e representantes do governo houve uma queda de energia que suspendeu a reunião. Estas situações são comuns e “já levaram os hospitais do país a funcionar com apenas 50 por cento da capacidade”, referem os serviços de comunicação das Nações Unidas.

Perante este cenário, Tedros Ghebreyesus comprometeu-se a enviar para o Líbano uma equipa de especialistas do setor da saúde, o mais rapidamente possível, para “dar apoio técnico” ao país. Além disso, a Organização Mundial da Saúde “comprou medicamentos suficientes para 450 mil pacientes com doenças agudas ou crónicas”, adiantam as Nações Unidas. O Líbano vive uma “crise política e económica sem precedentes”, que foi agravada pela pandemia da covid-19 e pela explosão no porto de Beirute há pouco mais de um ano.

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