Centenas de pessoas à procura desesperada de uma existência segura e decente perderam a vida nas últimas semanas por falta de “solidariedade e protecção”.
Centenas de pessoas à procura desesperada de uma existência segura e decente perderam a vida nas últimas semanas por falta de “solidariedade e protecção”. a afirmação é do representante da Santa Sé junto das Nações Unidas, o bispo Silvano Maria Tomasi. a comunidade internacional no mundo globalizado não consegue atingir os seus objectivos de solidariedade e respeito, afirmou na 57a sessão da Comissão executiva do programa do alto Comissariado para os Refugiados.
a distinção entre migrantes, pessoas à procura de asilo e refugiados deixou de ser clara, acrescentou Silvano Tomasi. O estatuto de refugiado ficou enfraquecido e o problema dos refugiados em África complicou-se.
a protecção e a assistência previstas nas convenções devem ser garantidas a quem procura asilo e que muitas vezes vive como um sem-pátria, declarou o representante da Santa Sé.
São necessários mais recursos e vontade política para prevenir tragédias e deslocações forçadas. O caminho do diálogo e do respeito dos direitos humanos pode substituir o caminho dos conflitos, concluiu o representante da Santa Sé, augurando que os campos de refugiados possam desaparecer do mapa do mundo.
Os direitos dos refugiados e o seu estatuto são regulados pela convenção de 1951, pelo protocolo de 1967 e pela convenção que disciplina alguns aspectos do problema dos refugiados, adoptada em 1969 pela União africana.