Os Missionários da Consolata celebram 50 anos de presença na Venezuela, com um conjunto diverso de iniciativas, que se prolongam até ao final deste ano. Este aniversário levou Stefano Camerlengo, superior geral do Instituto Missionário da Consolata (IMC), a enviar uma mensagem para a delegação do IMC na Venezuela.

“Quero apresentar as minhas felicitações pessoais, e as de todo o instituto, pelo vosso jubileu e convidá-los a recordar tudo o que foi feito pelos confrades que vos precederam para que vocês se enriqueçam com a experiência e os exemplos de dedicação que deram nos diversos campos de trabalho da delegação”, refere o responsável, destacando a Venezuela como “um país muito bonito e, ao mesmo tempo, muito problemático do ponto de vista político e social”.

Stefano Camerlengo dá destaque ao trabalho levado a cabo pelos Missionários da Consolata em, pelo menos, quatro áreas que atualmente ainda são válidas e urgentes: “o serviço aos povos indígenas, a presença entre os afro-americanos, a inserção nas periferias urbanas, animação missionária da Igreja local e o cuidado com as vocações”.

O religioso agradece também toda a coragem, dedicação e empenho dos missionários. “Um agradecimento espontâneo e sincero, em nome de todo o instituto, pela generosa dedicação missionária que vocês continuam a oferecer neste momento crítico da vida do país. Deste modo, vocês continuam a escrever belas páginas de serviço missionário que – tenho certeza – o nosso bem-aventurado fundador [beato José Allamano] e os missionários que vos precederam se irão alegrar e acompanhar do céu”.

Desafios atuais

Jaime Patias, sacerdote do IMC, e conselheiro geral para a América, explica que a atual “situação instável na Venezuela continua a desequilibrar a população em todos os níveis e desafia ainda mais a missão da Igreja, especialmente agora com a pandemia da Covid-19”. Segundo o sacerdote, a “crise é mais percetível nos serviços e na falta de recursos para comprar bens básicos, especialmente alimentos e medicamentos”. Com o propósito de atenuar as dificuldades, os missionários da Consolata, com o apoio de voluntários, “preparam uma grande panela de sopa que é servida ao povo”, refere o missionário.

Dezasseis missionários da Consolata, oriundos de sete países, encontram-se atualmente em missão, em quatro pontos da Venezuela: no seminário e na sede da delegação do IMC, em Caracas, no Centro de Animação Missionária, em Barquisimeto, na Pastoral Afro, em quatro paróquias de Barlovento, e na Pastoral Indígena com o Povo Warao, em Tucupita e Nabasanuka. Também presentes num conjunto diverso de atividades estão as irmãs Missionárias da Consolata e os Leigos Missionários da Consolata (LMC).

Breve história

A missão dos Missionário da Consolata em solo venezuelano teve início a 12 de dezembro de 1970, quando Giovanni Vespertini, sacerdote do IMC, assumiu a paróquia de La Quebrada, na diocese de Trujillo. Quatro anos depois, com a chegada do sacerdote Francisco Babbini, o grupo do IMC na Venezuela ganhou autonomia, sob a responsabilidade direta da direção geral e, assim, deixou de ser uma extensão da região do IMC na Colômbia. Em 1982, este grupo de Missionários da Consolata tornou-se uma delegação, dedicada à Nossa Senhora de Coromoto, padroeira da Venezuela.