O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu um recorde mensal em janeiro, ao registar o valor mais alto desde julho de 2014. Este resultado foi alcançado depois do aumento do custo global da comida verificado em oito meses consecutivos.

Segundo a agência da ONU, o aumento foi impulsionado por altas nos subíndices de açúcar, dos cereais e das oleaginosas, tendo os custos de carnes e dos laticínios subido em menor grau. Na medição mensal que avalia os preços do mercado internacional, a maior alta foi do índice de preços do açúcar com 8,1 por cento. A grande procura global para a importação do produto gerou preocupações com a redução das reservas.

Outro fator que influenciou os custos nesta categoria, de acordo com a FAO, foi o aumento dos preços do petróleo bruto, especialmente do Brasil, conjugado com os surtos de gripe aviária que restringiram a produção e as exportações de vários países europeus. A valorização do real brasileiro também influenciou os preços internacionais do açúcar.

No mês que marca o oitavo aumento consecutivo de preços alimentares, o índice de preços de laticínios da FAO subiu para 1,6 por cento. Já o índice de preços de carne esteve em alta pelo quarto mês consecutivo, alcançando um por cento a mais do que em dezembro de 2020. O principal fator foi a aceleração nas importações globais de carne de frango.