O bispo de Setúbal e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, foi convidado a presidir à última peregrinação internacional aniversária do ano ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de outubro, depois do arcebispo metropolita do Panamá ter declinado o convite, devido às restrições de mobilidade impostas pela pandemia da Covid-19.

Segundo o gabinete de comunicação do templo mariano, o arcebispo do Panamá, José Domingo Ulloa, enviou uma carta ao bispo de Leiria-Fátima, António Marto, no início deste mês, a justificar a impossibilidade da sua presença em Fátima com os constrangimentos derivados das medidas de controle da pandemia que o seu país se viu obrigado a implementar e que limitam a mobilidade para o estrangeiro, deixando, ao mesmo tempo, o desejo de poder regressar à Cova da Iria já em 2021.

“Elevamos as nossas orações por sua eminência, pela reitoria do Santuário de Fátima, pelos fiéis de Portugal e pela próxima Jornada da Juventude em Portugal, para que a nossa Mãe do Céu nos acompanhe permanentemente para que nos possamos voltar a reunir muito em breve”, escreveu o prelado, recordando a sua presença em Fátima, como peregrino, em março de 2019.

O arcebispo, sublinham os responsáveis do Santuário de Fátima, foi um dos grandes entusiastas da deslocação da imagem número um da Virgem Peregrina de Fátima ao Panamá, aquando da última Jornada Mundial da Juventude, de que foi coordenador.

A peregrinação internacional aniversária de outubro, que este ano vai ocorrer com medidas excecionais por causa da pandemia, celebra a sexta aparição de Nossa Senhora aos videntes, na Cova da Iria, em 1917, onde estiveram entre 50 a 70 mil peregrinos. Segundo o relato da irmã Lúcia de Jesus, nesta aparição, Nossa Senhora anunciou aos videntes o fim da guerra, deixou apelos à conversão, à reparação e à oração do Rosário. Foi nesta data que também aconteceu o chamado “milagre do sol”.