A Indonésia recebeu esta semana o maior grupo de refugiados rohingya desde a crise do mar de Andaman, em 2015. Os migrantes desembarcaram no norte de Aceh, após mais de sete meses à deriva no mar, e estão a ser apoiado pelas autoridades locais, com o auxílio da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

O grupo de 296 pessoas, na maioria mulheres e crianças, havia partido do campo de refugiados em Cox’s Bazar, no Bangladesh, e é o segundo a desembarcar na Indonésia nos últimos meses (em 24 de junho tinham chegado outros 99 refugiados). Segundo testemunhos recolhidos pelas autoridades, os dois grupos partiram inicialmente no mesmo navio, mas separaram-se mais tarde em embarcações menores.

Uma das refugiadas, uma jovem de 20 anos, contou que nos primeiros meses, pelo menos 30 pessoas morreram a bordo do navio, e que por duas vezes, grupos de pessoas deixaram a embarcação em pequenos barcos, um com destino à Indonésia e outro à Malásia.

A OIM recorda a necessidade urgente de continuar a garantir o desembarque seguro e atempado de refugiados e migrantes, de uma forma que responda às preocupações de saúde pública, e nesse sentido, disponibilizou-se para ajudar o governo da Indonésia a garantir que todos os refugiados recebam testes de Covid-19 rápidos, conforme exigido pelas autoridades.