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“Se como diz o povo, a desgraça de uns é a sorte de outros, então, os que tiveram sorte devem ajudar mais, nesta fase de carência, sendo mais generosos”, afirmam os membros da Comissão Diocesana Justiça e Paz da diocese de Bragança-Miranda numa nota sobre a situação social no distrito, onde defendem “oportuna e necessária uma revisão dos impostos sobre as grandes fortunas”.

Na tomada de posição, publicada no site da diocese, é lavrado um reconhecimento público a todos os que têm estado na linha da frente de combate à pandemia, mas deixado um lamento pelo aumento do desemprego, “sobretudo quando ele afeta os dois cônjuges, deixando todos os membros das famílias – pais e filhos – numa situação dificílima face às poucas ajudas da Segurança Social”.

Aos membros ativos da sociedade civil, é deixado um pedido de “maior empenho nas ajudas às organizações que, no terreno, ajudam os mais vulneráveis, colocando nessa ajuda também ações e colaborações de voluntariado”, e lançado um apelo “para a necessidade da melhoria da legislação sobre a economia protetora do ambiente natural para que a nossa mãe-Terra, casa comum de todos nós, seja mais protegida e mais amada”.

“Precisamos aumentar os recursos para distribuir mais solidariedade. E uma das formas de os aumentar é a contribuição individual para as organizações que ajudam e assistem e ainda o aumento temporário dos impostos sobre as grandes fortunas e sobre as empresas que lucram mais com a pandemia”, concluem os elementos da Comissão, recordando uma frase do Papa Francisco: «ou nos salvamos todos ou nos afundamos todos».