José Luis Ponce de León, missionário formado no Instituto Missionário da Consolata (IMC)

“Também mostramos o nosso cristianismo ao cuidarmos uns dos outros nas coisas mais simples, como manter a distância social, usar máscara, lavar as mãos, ter cuidado com o que partilhamos nas redes sociais. Cada pequeno ato de amor conta”, afirma o bispo de Manzini, na carta pastoral que dirigiu aos fiéis a propósito da crise gerada pela pandemia.

No documento, José Luis Ponce de León, missionário formado no Instituto Missionário da Consolata (IMC), admitiu nunca ter imaginado ter de enfrentar um bloqueio como o que se vive no mundo em geral e na Suazilândia em particular, por causa da Covid-19, que acabou por interromper a celebração do Ano Missionário Extraordinário que se tinha iniciado em outubro de 2019 e o encerramento previsto para outubro deste ano.

“O contexto é que mudou, não a nossa chamada. Continuamos ‘batizados e enviados’. O Ano Missionário Extraordinário não ficou suspenso até que voltemos à normalidade, porque pode ser que não haja um retorno à normalidade no futuro, e por isso, seremos chamados a ser missionários de novas formas”, sublinhou o bispo, citado pela agência Fides.

Satisfeito pela forma rápida e determinada como a sua diocese reagiu à crise, Ponce de León destacou algumas das iniciativas desenvolvidas, que demonstraram o verdadeiro espírito de solidariedade: “Foram distribuídas máscaras de proteção pelas paróquias e organizados projetos para apoiar os mais pobres. As nossas paróquias também procuraram formas de estar próximo de todos, através da adoração do Santíssimo Sacramento, escrevendo os seus nomes nos bancos da Igreja, criando grupos de whatsapp, e distribuindo comida aos mais necessitados”.

Apesar desta reação, o bispo recordou que a pandemia vai acentuar as desigualdades sociais, o que exige ainda mais dos cristãos. “Olhemos o presente e o futuro com a mesma fé, esperança, amor e entusiasmo, procurando novas respostas para os novos desafios. Somos nós quem, uma vez mais, depois de termos sido batizados, somos enviados por Jesus”, concluiu o prelado.