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O distanciamento entre participantes, o uso obrigatório de equipamentos de proteção e o reforço das medidas de higiene vão ser os sinais mais visíveis do regresso às celebrações religiosas comunitárias que serão retomadas pelas várias confissões religiosas em Portugal, a partir deste sábado, 30 de maio.

A Igeja Católica, a primeira a divulgar uma longa lista de orientações definidas em articulação com a Direção-Geral de Saúde, vai reforçar a higienização dos templos, nomeadamente das alfaias litúrgicas, e os fiéis têm que desinfetar as mãos à entrada e usar máscara, que só podem retirar para a comunhão. O ministro da comunhão também estará de máscara e colocará a hóstia na mão do crente e não na boca.

A Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) também está a preparar o regresso às orações, a partir de domingo, 31 de maio, com novas regras e recomendações. As portas das mesquitas serão abertas pouco antes de cada oração e fechadas depois do culto. Os participantes são aconselhados a fazer o rito de purificação e higienização (ablução) em casa.

Na Sinagoga de Lisboa, as portas reabrirão este sábado, com novas adaptações às regras de segurança exigidas em contexto de pandemia, “e todo o ritual de leitura da Tora, o ‘clímax’ da cerimónia, que envolve várias pessoas em diferentes processos”, vai ser simplificado, segundo explicou à agência Lusa o oficiante litúrgico do templo, Isaac Assor.

A maioria das igrejas evangélicas também deverá retomar a atividade no domingo, depois de um trabalho de desinfeção interior e exterior, e da definição de novas normas. “Vai haver mudanças nas salas, com as distâncias entre os fiéis – achamos que dois metros é um exagero e esperamos uma resposta da DGS à nossa proposta de duas cadeiras –, os pregadores e os cantores também vão cumprir com as distâncias, vai haver muito cuidado com a higiene, com as máscaras e com os desinfetantes”, disse à Lusa o pastor António Calaim, presidente da Aliança Evangélica Portuguesa.