Cristo apresenta-se como “Aquele” que pode conduzir os cristãos por “caminhos de paz” e livrar aqueles que O seguem de “tantas coisas que perturbam e inquietam”, e que geram “preocupação e angústia”, de que é exemplo o atual problema pandémico vivido em todo o mundo, considera Carlos Cabecinhas, sacerdote e reitor no Santuário de Fátima.

Segundo o responsável, a pandemia de Covid-19 tira à população a “paz do coração” e gera “medo por aqueles que amamos”. “A incerteza do futuro, diante desta nova situação, o desemprego, a crise económica e todas as consequências sociais desta pandemia, as incompreensões de que somos vítimas ou a falta de reconhecimento dos que nos cercam”, são exemplos de outras preocupações que atualmente afligem populações em todo o mundo, acrescentou o sacerdote, apontando aos fiéis uma direção.

“Jesus é o verdadeiro caminho através dos outros, daqueles com quem vivemos e nos cruzamos”, destacou o reitor do templo mariano, adiantando que os três pastorinhos de Fátima “dão-nos o exemplo de quem se deixa conduzir para Deus, como fonte da vida”. As palavras de Carlos Cabecinhas foram proferidas no último domingo, 11 de maio, durante a homilia da Eucaristia que decorreu na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, sem a presença de fiéis, devido à Covid-19.

A Missa foi transmitida através das plataformas digitais, e antecede a primeira Peregrinação Internacional Aniversária ao Santuário de Fátima de 2020, que, este ano, pela primeira vez, irá decorrer sem a presença física de peregrinos devido à atual pandemia.

Ao início da tarde desta terça-feira, 12 de maio, todo o “Santuário encerrará todos os seus espaços”. Não será possível aceder ao templo mariano “até à hora do almoço do dia 13”, indicam os serviços de comunicação do Santuário de Fátima, adiantando que “todas as celebrações serão transmitidas pelos órgãos de comunicação social e digital, com transmissão direta” no website da instituição. A presidir às celebrações vai estar António Marto, cardeal e bispo da diocese de Leiria-Fátima. As cerimónias “contarão apenas com as pessoas diretamente implicadas nas celebrações, sem peregrinos ou convidados”, conclui o santuário.